Monday, April 15, 2013

POEMA - BAJUDA AFRICANA.

Presados leitores:
No seguimento de ler umas mensagens no Facebook, decidi publicar aqui no bogue "pidjiguiti" dois poemas relacinados com uma frase de uma desas mensagens, Dizia a mesma..."a cor da pel não importa...era um homem e uma mulher". Creo assim ser e, se não foi, seria quase assim.

Localmente respondi que iria aqui publicar um poema e assim o vou fazer, referindo-me a uma "bajuda" que conheci, quando era o Cabo da messe de oficiais da FAP em Bissau, durante a minha comissão, entre Maio de 1967 a Dezembro de 1968, ocasião que passei á disponabilidade, tendo ficado a trabalhar na Solmar.

ROSA - A BAJUDA DA MARMITA
(Por: Mário Tito)
I
De “ebónica” pele, que reluzia
Cintilando ao Sol, durante o dia
Era tudo, aquilo que eu queria
A cada momento de fantasia.
O corpo dela, que eu só via!
II
Rosa, a bajuda da marmita
De melancólico olhar, mas bonita
Sorrindo amplamente, sem fazer fita
Elegante, desenvolta, toda catita
Como era linda, a bajuda da marmita!
III
Às horas do almoço ou do jantar
Lá vinha ela, elegantemente a caminhar
De marmita na mão, para nela carregar
O sustento de alguém, que estava a esperar
Que ela voltasse, sem muito tardar!
IV
Era linda, a bajuda – Rosa - de nome seu
Seu corpo esbelto, queria que fosse meu
Sempre alegre…até que, um dia sucedeu
Não querendo dizer o que lhe aconteceu
Ela, chorando, um beijo na face me deu!
V
Foi só isso e nada mais...
Não apareceu jamais!
VI
Até que, nove meses ou oito e meio
Um “mulatinho” ao mundo veio
E, não sendo meu, um tal anseio…
Que, quisera eu, estar pelo meio
Mas era tarde, para tal devaneio!
VII
Tive pena dela, a Bajuda da marmita, a tremer
Que, quiçá, sem ela querer
A seu “amo”, teve que se submeter
Por medo, ou algo que não quisera dizer
Mas, fosse o que fosse, teve que ser!
VIII
Eu, era eu, o Cabo da Messe!
Ela, er ela…Rosa, a “bajuda da marmita”!
***
QUANDO SE ANDA DE MAORES

         (Por Mário Tito)           
  
I
Quando se anda de amores
Não se deve olhar a cores
Nem tão-pouco, á religião!
Deve, respeitar-se o sentimento
Daquilo que nos vai por dentro
Porque, quem manda é o coração!
II
Ele, é rei entre os senhores
Quando ELE anda de amores
Não se deve contradizer!
Ele ama á sua maneira
E queira a gente ou não queira
Não há nada que fazer!
III
Melhor, deixá-lo tranquilo
P’ra que, não venha com aquilo
De ser.um fracassado!
Porque, se ele sofre, também sofro eu
Faça o mesmo com o seu
P’ra não ter um mau bocado!
IV
Contrariá-lo, é perigoso
Porque ele, ás vezes é manhoso
Dizendo que, tem muitas dores!
E, seja verdade ou não
Diz que é um pobre coração
E que está morrendo de amores!
V
Na trama dele, eu não vou
Não quero ser como sou
Como ele, um enamorado!
Eu só quero, arrancar de meu coração
Custe-me a vida ou não
Este amor do meu Passado
                       
Qualquer comentário, que seja feito no espaço apropriado aqui no blogue.
 
Obrigados.

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