No seguimento de ler umas mensagens no Facebook, decidi publicar aqui no bogue "pidjiguiti" dois poemas relacinados com uma frase de uma desas mensagens, Dizia a mesma..."a cor da pel não importa...era um homem e uma mulher". Creo assim ser e, se não foi, seria quase assim.
Localmente respondi que iria aqui publicar um poema e assim o vou fazer, referindo-me a uma "bajuda" que conheci, quando era o Cabo da messe de oficiais da FAP em Bissau, durante a minha comissão, entre Maio de 1967 a Dezembro de 1968, ocasião que passei á disponabilidade, tendo ficado a trabalhar na Solmar.
ROSA - A BAJUDA DA MARMITA
(Por:
Mário Tito)
I
De
“ebónica” pele, que reluzia
Cintilando
ao Sol, durante o dia
Era
tudo, aquilo que eu queria
A
cada momento de fantasia.
O
corpo dela, que eu só via!
II
Rosa,
a bajuda da marmita
De
melancólico olhar, mas bonita
Sorrindo
amplamente, sem fazer fita
Elegante,
desenvolta, toda catita
Como
era linda, a bajuda da marmita!
III
Às
horas do almoço ou do jantar
Lá
vinha ela, elegantemente a caminhar
De
marmita na mão, para nela carregar
O
sustento de alguém, que estava a esperar
Que
ela voltasse, sem muito tardar!
IV
Era
linda, a bajuda – Rosa - de nome seu
Seu
corpo esbelto, queria que fosse meu
Sempre
alegre…até que, um dia sucedeu
Não
querendo dizer o que lhe aconteceu
Ela,
chorando, um beijo na face me deu!
V
Foi
só isso e nada mais...
Não
apareceu jamais!
VI
Até
que, nove meses ou oito e meio
Um
“mulatinho” ao mundo veio
E,
não sendo meu, um tal anseio…
Que,
quisera eu, estar pelo meio
Mas
era tarde, para tal devaneio!
VII
Tive
pena dela, a Bajuda da marmita, a tremer
Que,
quiçá, sem ela querer
A
seu “amo”, teve que se submeter
Por
medo, ou algo que não quisera dizer
Mas,
fosse o que fosse, teve que ser!
VIII
Eu,
era eu, o Cabo da Messe!
Ela, er ela…Rosa, a “bajuda da marmita”!
***
QUANDO SE ANDA DE MAORES
(Por
Mário Tito)
I
Quando
se anda de amores
Não
se deve olhar a cores
Nem
tão-pouco, á religião!
Deve,
respeitar-se o sentimento
Daquilo
que nos vai por dentro
Porque,
quem manda é o coração!
II
Ele,
é rei entre os senhores
Quando
ELE anda de amores
Não
se deve contradizer!
Ele
ama á sua maneira
E
queira a gente ou não queira
Não
há nada que fazer!
III
Melhor,
deixá-lo tranquilo
P’ra
que, não venha com aquilo
De
ser.um fracassado!
Porque,
se ele sofre, também sofro eu
Faça
o mesmo com o seu
P’ra
não ter um mau bocado!
IV
Contrariá-lo,
é perigoso
Porque
ele, ás vezes é manhoso
Dizendo
que, tem muitas dores!
E,
seja verdade ou não
Diz
que é um pobre coração
E
que está morrendo de amores!
V
Na
trama dele, eu não vou
Não
quero ser como sou
Como
ele, um enamorado!
Eu
só quero, arrancar de meu coração
Custe-me
a vida ou não
Este
amor do meu Passado
Qualquer comentário, que seja feito no espaço apropriado aqui no blogue.
Obrigados.
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