Friday, April 26, 2013

1ª PARTE DE WHISKY AO "KILO" - NO PELICANO

 
Presados leitores:
Nas minhas mensagens anteriores sobre “episódios” passados no Café-Restaurante “O PELICANO”
- localizado em Bissau junto á marginal, perto do cais principal de desembarque e embarque de “tropas  e mercadoria - recordo ter mencionado que tinha apanhado alguns empregados a “misturar água no whisky”…o que, se vermos bem, até nem teria grande valor para servir de “conto” porque, de facto, quantos não são os clientes que pedem exactamente… essa mistura?

Whisky, gelo e água”… é uma “mistura” banal, sem nada de especial que possa admirar quem quer que seja.  É! Assim seria se assim tivesse sido! Mas não foi!

Vejamos:
Para os leitores que tiveram a oportunidade – não interessa em que circunstâncias – de passar pela Guiné e, especialmente pelo Pelicano em Bissau, deverá recordar que “aquilo” era enorme e, como tal, requeria uma certa dinâmica de podêr de controlo, de modo a que os clientes fossem servidos o mais eficiente possível, sem contudo deixar “fugir o grão-principal” de toda aquela actividade.
Aqui, refiro-me ao “pagamento da conta” ao empregado que os servia – e houve vários episódios em que os utilizadores do serviços e mercadoria “deram ao pinote” – bem como o empregado prestar contas ao balcão dos “pedidos” que periodicamente fazia.
Se pensam que era fácil, agradeço que me mandem “palpites” da melhor forma de controlar – por exemplo – 8 empregados de mesa na parte de cima e 10 na parte de baixo, cada qual com a sua missão de levar ao cliente “o pedido” feito, composto por fosse pelo que fosse mas que teria que ser pago antecipadamente pelo empregado (na parte de cima era assim) ou controlado, para que a conta fosse apresentada ao cliente e, posteriormente, pelo empregado na caixa registadora.
NA OCASIÃO, RONDAVA EU NOS 25-26 ANOS DE IDADE (casei aos 24, feitos em Janeiro de 1969) E, AINDA POR CIMA, COM UMA FILHA ACABADA DE NASCER QUE, QUANTAS VEZES ANDAVA COMIGO NOS BRAÇOS E EU A TRABALHAR, CONFORME FOTO.

Agora, ponham-se a pensar que... alguns dos leitores chegavam ali ao local, entravam pior ali adentro, escolhendo um dos terraços para confraternizar e dar “azo” á liberdade em celebração da vida, sabe-se lá se depois de um dia “no mato” – obviamente mais esporádica esta parte porque…quem estava “no mato” não vinha á cidade facilmente. Mas, tropas especiais...PÁRAS, COMANDOS E FUZAS" até nem era anormal.  

Portanto, conforme ia adizendo...ali se encontravam e faziam o “vosso pedido” que, poderia muito bem incluir “whisky com água castelo, gin-tónico etcª, etcª".
Se não se recordam, permitam-me lembrá-los que, por exigência do cliente, ali o serviço exigia que os copos fosse para a mesa com o gelo e a garrafa do whisky a acompanhar, para que o cliente visse a qualidade e quantidade de whisky que lhe era servido.

Era ou não era assim?

Ali, não se podia servir a bebida ao balcão - excepto imperiais se já as houvesse. Ali, tudo era aberto na mesa e as garrafas de "misturas" tinham que ir á mesa. Nisto, incluia o whisky, gin, vermuth, vodka, rum etc.ª.

AGORA...PONHAM-SE NOS "MEUS SAPATOS" OU NA MINHA POSIÇÃO!

1)      Como saberia eu que, o empregado de mesa servia ao cliente somente uma “dose”? – Neste caso, recordar-se-ão que, cada garrafa tinha uma “bolha medida”)

2)      Como controlava eu o serviço na mesa, estando eu tão ocupado?  

3)      Quantas vezes não aconteceu com alguns dos leitores que…originalmente pediam uma  dose” de whisky e, ali na mesa, ao verem a quantidade da “dose” saída da medidora, não diziam ao empregado para “deitar duplo”?

4)      Quantas e quantas vezes isto não se passava fora do meu controle? Pois é...e  foi centenas, senão milhares de vezes que tal sucedeu.

 Então, que fariam os leitores... se estivessem na minha situação?
Eu tinha que prestar contas ao dono do Grande Hotel - na foto, no Pelicano juntamente com a esposa dele – grande senhora era ela – eu e uma cunhada no almoço de baptismo da minha filha.

 
Como prestava contas o empregado “lá no 1º terraço” á esquerda no Pelicano... e eu lá em baixo, se possível na cozinha ou ao balcão ou a atender algum cliente na secção mais ao fundo do restaurante que, de vez enquanto faria a sua chamada de atenção par algo que não estivesse ao gosto dele?

Bem, agora não adianto mais… para deixar os leitores aa pensar nas perguntas que fiz mas, para que fiquem “ligados” a este tema, somente adianto que, tal como há muita maneira de “matar pulgas” também há muita maneira de controlar.
Só que, por toda a forma de controlar, aparece sempre uma de “furar” o sistema. E, que eu saiba,  só encontrei uma forma de tal não suceder.

E sobre isto, só digo que o processo passa por vender o “whisky” ao peso!
 
E, mesmo assim, alguns empregados – brancos e pretos, há que o dizer - ainda “furaram o sistema” até que…
 
...depois termino,  acabando por ganhar "a batalha".   

No comments:

Post a Comment